Questão será avaliada pelo Supremo Tribunal Federal, após ação impetrada por PSOL, PT e PSB
Os dirigentes partidários de Mato Grosso do Sul se dividem sobre a ação apresentada no STF (Supremo Tribunal Federal) que pede o retorno dos âshowmíciosâ nas campanha eleitorais. Esta solicitação foi feita pelas direções nacionais do PSOL, PSB e PT. A questão terá como relator o ministro Luiz Fux.
Para o presidente municipal do MDB, Ulisses Rocha, o retorno destes grandes eventos políticos, com a participação de cantores, seria uma forma de atrair mais pessoas para ouvir os candidatos e desta forma ter acesso as suas propostas. âAntigamente tinha eventos com 10 a 20 mil pessoas, que iriam para ver os shows, mas aproveitavam para ouvir os candidatosâ.
Ele entende que seria algo positivo, mas que deveria ser avaliado pelo Congresso Nacional. âDo ponto de vista jurídico, a questão deveria ser analisada pelos deputados e senadores, ao avaliar as regras eleitorais, não acredito que esta decisão tenha que ser do Supremo Tribunal Federalâ, disse Ulisses.
Já o deputado Dagoberto Nogueira, presidente regional do PDT, afirma que o retorno destes shows seria um âretrocessoâ para o cenário político. âSou contra pelo abuso de poder dos candidatos, que fariam estas contratações para atrair o eleitor, por dispor de mais recursos. Quer retomar práticas antigas para obter vantagemâ, avaliou o pedetista.
Mesma posição de Zeca do PT, que neste quesito vai contra a avaliação do seu partido. âNão sei os motivos que levaram a direção nacional a defender os showmícios, mas entendo que é coisa do passado, não traz avanço algum para o processo eleitoral. As pessoas devem ir as reuniões para ouvir as ideias dos candidatos e não em função de artistasâ.
Gratuitas
Em visita a Campo Grande, Guilherme Boulos, pré-candidato a presidente pelo PSOL, disse que o partido quer a retomada dos eventos, porque muitos artistas que são a favor deste projeto político, gostariam de participar dos eventos e fazer apresentações. âEles querem se expressar politicamente, e no nosso caso seriam apresentações gratuitas, porque simpatizam com nossa candidaturaâ.
Os trás partidos entraram com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a legislação eleitoral, que proíbe estes eventos com a participação de artistas. A intenção das legendas é que as apresentações sejam liberadas, quando forem âgratuitasâ, sem a cobrança de cachás. Destas forma poderiam retornar os shows musicais dos artistas que querem animar os eventos políticos.
Fonte: Leonardo Rocha/ Campo Grande News
2018-07-24 11:40:49